Festa tradicional em Mato Grosso - "Boi a Serra" |
Para montar a estrutura do tradicional “Boi” os
festeiros utilizam varas de marmelo, mel de pomba e babaçu, cipó ou
arame, pregos, carcaça de cabeça de boi, o chitão, lençol ou cobertor
para a “farra” dos Chamadores do Boi (tocadores), do Toreador, o
Mascarado, a Ema, o Cabeça-de-apá e a Mãe do Morro, figuras que
acompanham o Boi-à-Serra.
Antigamente os instrumentos utilizados eram a Viola
de Cocho, o Ganzá e o Mocho. A manifestação popular foi registrada em
1900, pelo antropólogo Max Shimidt, numa passagem pelo município de
Rosário Oeste (localizado a 111 quilômetros de Cuiabá). No entanto,
segundo o diretor executivo da Mostra, Vital Siqueira, “os mais antigos
dizem que a dança do Boi-à-Serra existe há mais de 300 anos. E a
história conta que surgiu com a revolução da cana de açúcar no ‘Rio
Abaixo’ (da nascente do rio Cuiabá para o Pantanal matogro-gressense).
Em meio as atividades canavieiras em Santo Antônio de Leverger,
Varginha, Carrapicho, Engenho Velho, Maravilha e Bom Sucesso, em Várzea
Grande.
A Dança do Boi-à-Serra
Acontece nos festejos do carnaval, mas
tradicionalmente, começam a sair no dia 08 de Dezembro, dia da Nossa
Senhora da Conceição, protetora das águas, quando acontece o “Entrudo”
(brincadeira cristã, onde todas pessoas são molhadas). O boi é
encarregado de animar a brincadeira. Passada a festa, o boi sai toda
noite até chegar o carnaval.
Hoje, no município de Santo Antônio de Leverger,
existem três grupos de Boi-à-Serra: o Boi Estrela, do Bairro Lixá, o Boi
Lendário, do bairro Fronteira e o Boi Pantaneiro, do Bairro Nossa
Senhora de Fátima. Ambos estarão em exposição para mostrar que o
Boi-a-Serra está vivo.
A mostra é resultado de uma oficina, em Leverger, que
envolveu 78 famílias e mais de 100 crianças e adolescentes, com o
objetivo de fortalecer e difundir este seguimento da cultura popular.
BEATRIZ SATURNINO
Assessoria SEC-MT
Assessoria SEC-MT
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